31 de julho de 2008

Gol contra...

O ministro da Cultura pediu demissão. E já vai tarde. Muito questionado pelos ditos entendidos, ele representou o lado populista do governo Lula. Indiferente a sua qualificação (ele é artista mas não entende nada de política / gestão), ele foi colocado no governo para gerar aquela atencão midiatica positiva.

Bem, segundo ele, sua saída foi como marcar um gol no Lula (visto, que ele havia tentado se demitir duas vezes e o Lula não havia deixado). Com certeza foi um gol dele sim. Gol contra foram os que o Lula marcou ao lhe chamar para o ministério e ao evitar sua saída.

Que a lição esteja aprendida e que ele fique só no campo musical daqui para frente, onde eu apesar de não ser muito fã de suas músicas, reconheço seu valor a cultura nacional.

Hasta la vista!

30 de julho de 2008

Grandes homens...

O professor de informática Randy Pausch, de 47 anos, ficou famoso em agosto de 2006 ao dar uma aula gravada em vídeo e disponibilizada no You Tube, na qual informava ter câncer de pâncreas e explicava aos alunos a forma como pensava em enfrentá-lo.

Ele começou então um tratamento pesado, que incluía em sua maioria técnicas experimentais de quimioterapia. Em agosto de 2007, Pausch informou que o câncer que teve sofreu uma metástase para outros órgãos. O professor começou então um novo tratamento em quimioterapia, com outro objetivo: estender sua vida ao máximo. Com isso, os médicos deram-lhe mais 3 a 6 meses. Em 2 de maio de 2008, um exame mostrou que seu câncer se espalhou ainda mais, para alguns órgãos vitais, evidenciando sua piora no estado de saúde.

No dia 25/07/2008 ele morreu em sua casa da Virgínia, nos Estados Unidos.

O vídeo abaixo (que o deixou famoso) talvez seja um dos melhores que vi até hoje no Youtube. Tem humor, lição de vida e muita emoção. São pessoas assim que fazem do mundo um lugar melhor para se viver. Não deixem de ver.

24 de julho de 2008

Mais corrupção...

Sou um ferrenho opositor da atuação do Estado na economia. Acredito que este deve regular, controlar mas não deve realizar negócios. O risco é simples: quando se mistura poder com negócios o que ocorre é a utilização do primeiro para favorecer o segundo.

Reportagem do Terra de hoje mostra que o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, membro da EXECUTIVA DO PT, estaria atuando em favor da fusão Brasil Telecom e Oi. Como a fusão necessitaria do aval do governo, os lobistas fizeram a festa, e segundo a reportagem, a conta final saiu em R$ 260 milhões para os envolvidos.

Será que dessa vez o Lula sabia de algo?

Enquanto o estado tiver sua "mão visível" na economia continuaremos a a ter casos como este de corrupção.

Que a justiça seja feita!

21 de julho de 2008

O PT quer mais dinheiro...

Lula e sua turma não conseguem mesmo governar o país sem pensar em aumentar os impostos e o tamanho do estado. No artigo PAC: Lula pede que ministros não inventem novos projetos os ministros do governo reclamam da falta de dinheiro, que segundo eles é culpa da falta da CPMF, para justificar o fato dos projetos do PAC não estarem andando de acordo com o planejado

Será mesmo?

No artigo Sem CPMF, arrecadação sobe 9,93% e tem valor recorde os dados comprovam que a economia brasileira cresce como nunca e contrariando as previsões mais otimistas, a arrecadação federal bate recordes sucessivos.

Logo, temos que assumir que o fato de não haver dinheiro é em realidade culpa da má administração do governo Lula que não consegue reduzir as despesas (repito: despesas, não investimento), e ao contrário, gasta mais do que pode.

O PAC poderia ser realmente um projeto grandioso (tirando exageros do marketing governamental), mas para isso o dinheiro deve vir da base orcamentária, sem contribuições extras e sem aumento de impostos.

Bem, essa é minha opinião.

Falta de assunto 1

Como não encontrei nada de interessante para escrever hoje, segue uma bobeira para relaxar:

"Se o Lula pode dirigir brasília bebâdo, porque eu não posso dirigir gol?"






Dizem as más línguas que quando o projeto da Lei Seca chegou o Lula para ser sancionado, este perguntou:

- Companheiro, me dê um bom motivo para eu assinar essa lei?

- Presidente, o Sr. so anda com motorista...

18 de julho de 2008

Não acreditem em tudo na internet, nem mesmo em mim...

Hoje, contei 3 (três) casos de minha experiência que antes de passa-los para frente gostaria que pensassem bem se isso condiz com a realidade de vocês. Quando exemplifico um ponto em uma postagem o faço para ficar mais fácil o que estou tentando trasmitir.

Cuidado para não caírem no erro de acreditarem em tudo que lhes é dito (principalmente na internet). Tenho certeza que quando contei os três casos vocês se lembraram de experiências próprias que condizem com o que eu havia contado. Esse era meu objetivo.

Não tenho intenção de ser sensacionalista. O meu exemplo 2 é subjetivo a percepção da minha amiga, enquanto o 3 às más línguas da minha familia. De qualquer modo, tenho certeza que vocês têm seus próprios exemplos, e estes corroboram com minha visão.

O Brasileiro e o estado paternalista...

A cada dia me convenço mais que o brasileiro é por natureza um preguiçoso, que acredita que o Estado deve prover tudo: estudo, emprego, moradia, transporte... Convenhamos que não é bem assim!

É certo que o Estado deve prover educação, infra-estrutura, alguma ajuda assistencialista para os excluídos do sistema, mas daí a dar tudo de mão beijada é outra história. O individuo deve lutar e correr atrás de tudo que acredita. Sem luta não há como.

Outro dia estava lendo um Blog, infelizmente não me lembro onde, e um comentário dizia algo do tipo: "...se você quer fazer concurso público não vote no PSDB...". O argumento era que com as privatizações, terceirizações e redução da máquina pública o PSDB diminuiria as oportunidades e benefícios (como fez durante o governa FHC), e logo não seria tão interessante ser um funcionário público.

Ora, é justo que nós trabalhadores (bem, eu ainda não, mas vocês entenderam), paguemos para que os funcionários públicos, mesmo que concursado, gozem de benefícios e altos salários sem efetivamente merecer.

Três casos ilustram bem como as coisas funcinam em orgãos/empresas públicas:

1. Quando eu trabalhava no Banco do Brasil, logo após a última greve, tínhamos reuniões mensais para discussão de assuntos internos, motivação e metas de venda de produtos. Atualmente, um banco é uma instituição que vende milhares de produtos,tais como seguros, títulos de capitalização, consórcios etc...

Cada vez mais o lucro dos bancos é baseado nestes produtos, que oferecem margens superiores, e fidelizam o cliente. Numa dessas reuniões, meu gerente cobrava de todos as metas de venda, a dedicação no oferecimento dos produtos e a pró-atividade (palavra da moda) em tentar fazer algo de novo.

Uma funcionária do caixa levantou a mão e disse: "Sou funcionária do banco a 20 anos, sou caixa, e não vou vender produtos. O banco não quis nos dar o reajuste e não vou me esforçar".

Em outras palavras: esse problema não é meu, eu não tenho nada com isso e você não pode me mandar embora. Esse tipo de visão só ocorre em ambientes onde não há competição, onde ser o mais fraco ou mais forte é algo tão relativo que não faz diferença as ações de cada um. Isso leva ao comodismo de saber que não será demitido e que não precisa PRODUZIR.

Quem perde com uma funcionária dessas somos todos nós: clientes, brasileiros, empresas e não apenas o Estado e os acionistas do banco. O Banco do Brasil é hoje um exemplo de inéficacia econômica, das mesma maneira que a Petrobras, e como um dia a Vale do Rio Doce foi.

O crescimento de um banco (quanto mais) é bom para todos, pois aumenta o crédito, o número de empregos, a quantidade de impostos, e o investimento em geral. Logo, a forma como um banco como o BB é administrado e os resultados que este produz são perdas inestimáveis para o Brasil.

2. Tá bom, você não gostou do exemplo acima, vamos ver se esse você acha que é melhor. Uma amiga minha realiza auditoria na Copasa (estatal mineira de abastecimento de água). Todos os dias das 13 hrs-15 hrs ela não podia ir a parte de informática da empresa, pois simplesmente os funcionários do departamento colocavam colchões no chão e tiravam uma siesta. Não, não era o horário de almoço deles! Eles estavam dormindo durante o horário de trabalho mesmo. E agora, já melhorou? Você acha justo pagar uma conta de água que em seu custo embute as horas que estes funcionários estão dormindo?

3. Ainda não está bom? Tenho uma prima minha que é oficial de justiça. Na família dizem as más línguas que ela recebe algo líquido em torno de 7 mil reais (sim, você leu certo). Bem, o salário base não passa de R$ 5 mil brutos, mas com as gratificações e bônus o contra-cheque dá uma engordada boa. Você deve estar pensando que além de muito qualificada, ela deve trabalhar muito, não? Bem, a primeira parte até é verdade. Durante anos ela estudou muito e batalhou muito para estar onde está. Mas, trabalhar muito? Bem, ela trabalha em média dois dias por semana. Será que isso é justo? Quem paga o salário dela somo nós contribuintes. Acho mais que justo que ela seja bem paga, mas ela também deve trabalhar para merecer. No fim das contas o governo vai querer aumentar impostos para pagar o salário dela e de seus pares,enquanto um pequeno ajuste na alocação deles já bastaria para reduzir drasticamente o número de funcionários.

No fim das contas cria-se um sentimento no Brasil que o Estado deve prover tudo. As minhas experiências particulares mostram que sem competição e dinamicidade nos negócios não há crescimento (o exemplo da antiga URSS é clássico). Estudantes, funcionários e empresas devem sempre competir (claro, dentro de preceitos éticos e legais), pois somente assim há desenvolvimento.

Ambientes regulados não motivam competição entre as empresa, logo gera ineficácia. Escolas que não reprovam não motivam o estudo, logo geram alunos despreparados e sem o conhecimento mínimo. Empresas que não demitem geram funcionários descomprometidos e preguiçosos. E assim sucessivamente.

A nossa mentalidade precisa mudar. Vamos trabalhar!

Somente com muito trabalho esse país cresce.

Não vamos esperar que tudo caía do céu. Vamos criar o nosso caminho.

Bem, essa é minha opinião.

17 de julho de 2008

O Ensino no Brasil

Há muito tempo me assombro com a má qualidade do ensino no Brasil, em particular com o superior. Mesmo estudando em uma universidade federal, que em tese, tem os melhores professores e alunos, me assusto quando vejo alguns colegas que passam pela faculdade como se nada tivessem aprendido.

Outro dia, um amigo meu contador, me disse que uma colega sua (formada!) montou um balanço onde as contas de PDD e Depreciação Acumulada apareciam no passivo, e não como redutoras do ativo. Fiquei pasmo, pois mesmo sendo um administrador, e tendo apenas uma matéria relacionada a área, eu sabia que estava errado.

Esta semana estou participando de um processo seletivo em São Paulo. Apesar de ver pessoas de boa qualidade, me assusto com o despreparo de alguns. Advogados formados a mais de um ano sem OAB, contadores (esta eu vi) creditando contas de despesa (ao invés de debitar) e um número grande de candidatos sem uma segunda língua (muitas vezes nem o básico).

Lamentável!

Bem, se pelo que vi já está ruin imagino como não está o resto.

Sem bons contadores, administradores, engenheiros, advogados... não há como um país crescer! Precisamos de um choque de educação, começando no ensino básico, passando pelo fundamental e médio e terminando no nossos cursos superiores.

O momento de ampliar as vagas já se passou! A hora agora é cobrar qualidade!

Qualquer dia desses conto uns "casos" de como as coisas rolam na UFMG. O termo "picareta" virou adjetivo de MUITOS (talvez maioria) do professores da FACE e da esmagadora maioria dos alunos, que em grande parte se preocupam apenas com o diploma e esquecem o aprendizado.

Bem, essa é minha opinião.

Vamos acordar enquanto dá tempo!

16 de julho de 2008

Boatos da Lei Seca!

Um boato que se preze é sempre contado por alguém de confiança, e que claro, ocupa um lugar de destaque em alguma organização ou orgão público e por isso tem acesso fácil aquele tipo de informação bombástica e, que por sinal, ainda não saiu (e provavelmente nem vai) na mídia.

No fim das contas, vira um tal de disse me disse, que ninguém mais sabe onde começou. A única coisa que se sabe é que quem contou foi de confiança e quem contou para esta pessoa também era.

Hoje, um tio meu, que é de muita confiança minha, para se ter uma idéia ele é padre, ou seja, é um homem santo, me contou que um paroquiano muito amigo seu lhe contou (veja como as coisas vão se enrolando) que a Lei Seca somente foi aprovada pois a Ambev teria se recusada a pagar 1 bilhão em proprina ao PT.

O boato e tão enrolado que meu tio já não se lembrava ao certo se a proprina seria de 1 bilhão ou apenas 1 milhão. No fim das contas, o importante era que a Ambev teria se negado a pagar e em retaliação o governo editou e aprovou (em tempo recorde) a dita lei.

Putz, bem que eu queria que isso fosse verdade. Seria mais um podre pra conta do PT. Mas convenhamos, uma pessoa com o mínimo de bom senso não levaria um boato como estes a sério. Tudo não passa de fofoca da grossa.

Bem, como sempre eu digo aqui: não vamos viver uma vida de ficção. Um caso como estes, com certeza, vazaria para imprensa, de alguma maneira, e muito provavelmente os executivos da Ambev (que de longe são bobos) gravariam ou teriam provas de tal suborno.

Vamos ligar o desconfiômetro!!

Bem, essa é minha opinião.

15 de julho de 2008

As bobeiras da Internet...

Todos os dias, antes de escrever alguma bobeira neste blog, me pergunto se tenho conhecimento e se li o bastante a respeito daquilo que vou dizer. Na pior das hipóteses sinto que ao menos sei o bastante para concordar ou discordar e logo escrevo minha opinião.

Recebi um email poucos minutos atrás que dizia: Manipulação na emprensa mineira e dava um link para um vídeo no Youtube com o nome Gagged in Brazil - Censura na Imprensa . O dito vídeo critica o Aécio Neves e uma certa postura tendenciosa da mídia mineira e nacional, e apresenta, segundo sua ótica, alguns dados para demonstrar tal "manipulação".

O argumento básico diz que a mídia (neste caso, Rede Globo e Estado de Minas) são manipulados através das verbas publicitárias. A relação seria simples (se não simples de mais): o governo mineiro gasta em publicidade nestas empresas, enquanto estas amenizam eventuais críticas que possam surgir e ainda noticiam os feitos do governo mineiro.

Por que eu não acredito neste vídeo?

1. O vídeo tem falhas grotesca em sua tradução Português- Inglês, e visto a qualidade técnica de tal documentário, posso dizer que ou isto foi feito de muita má fé ou eles realmente desconhecem vários conceitos chaves da economia. Aos 5minutos e 14 segundos há uma reportagem do Jornal Nacional onde é anunciado o déficit zero do estado. Neste momento a legenda deveria em tese traduzir aquilo que estava sendo dito pela Fátima Bernardes.

Primeiro erro: traduzem déficit zero como sendo como se todas as dívidas do estado tivessem sido pagas: "repaid all its debts". ERRADO! O conceito de déficit zero significa que o estado arrecada mais do que gasta e não que não há dividas. As dívidas anteriores a gestão do Aécio continuam existir. Além disso, ele também pega empréstimos para investimentos, entretanto, estes são contabilizados como investimentos e não despesas.

Segundo erro: quando a Fátima Bernardes explica o que déficit zero significa:"arrecadação maiores que a despesa", o vídeo decide por não traduzir esta parte, de maneira que o leitor seja levado a acreditar que Minas Gerais efetivamente não tem mais dívidas (como previamente traduzido).

Com que fim isto é feito eu ainda não entendi.

2. O vídeo é feito de maneira a levar o telespectador brasileiro a acreditar que se trata de um documentário feito no exterior, que seria em tese livre das influências pró e contra governo. Tal fato pode ser evidenciado ao início deste quando várias fontes internacionais são mencionadas e pela própria formatação do mesmo.

3. Os repórteres que em tese confirmam tais vínculos nebulosos da imprensa são funcionários demitidos pela Globo (ou pessoas com voz e rosto omitidos). Por que a Ana Paula Padrão, que decidiu sair de lá por livre e espontânea vontade, nunca fez afirmações deste tipo? Essas pessoas carecem de certa isenção uma vez que foram "chutadas" da Globo.

4. Onde está o outro lado da moeda? Se eles são jornalistas realmente por que a opinião contrária não tem espaço? Eles fazem o que eles mesmo criticam, ou seja, mostram apenas um lado da moeda.

5. Os gastos de publicidade do Governo Lula também aumentaram. E aí? A Globo está sendo manipulada pelo PT então? Ahahahahaha... Esta teoria é tão boa como a apresentada no documentário, mas difícil de acreditar. Conveniente, não?

Eu não vivo de teorias conspiratórias, mas sim de fatos.

É impossível calar a imprensa no Brasil.

Bem, essa é minha opinião.

14 de julho de 2008

A vitória do capitalismo brasileiro!

A notícia que a Inbev comprou a Budweiser foi um balde de água fria nos ânimos nacionalistas de muitos americanos. Mais do que isso, o que mais me deixou feliz foi ver que "quem com ferro ferra, com ferro será ferido".

As empresas americanas sempre foram notórias por sua sede expansionista, aquisições hostis e atuação global. Entretanto, depois de que fundos soberanos e investidores do oriente médio, devido a crise do sub-prime, comeram boa parte dos combalidos banco americanos, agora foi a vez do Brasil tirar sua lasca e mostrar aos yankees com quantos paus se faz uma canoa.

Vale lembrar, que quem começou tal processo foi a Friboi que já há algum tempo vem comprando fazendas e frigoríficos por aquelas bandas. Entretanto, o golpe da Inbev foi magistral, pois acertou o centro simbólico ego do americano: sua tão querida cerveja "Bud".

Os americanos estão feridos, mas essas são as regras do jogo.

Para Lula e a turma do anti-capitalistas a Inbev demonstrou que é possível sim o Brasil competir de igual para igual no mercado mundial, sem a necessidade de proteção governamental, apenas com muita competência e trabalho duro. Mais do que isso, mostrou que da mesma maneira que eles vem atuar aqui em nossos mercados nós podemos atuar nos deles.

Além disso, nos mostra que o mais forte sempre vencerá no livre mercado. Proteger mercados é uma falácia que apenas atrasa o crescimento econômico. Nacionalistas sempre existirão mas o bom senso da eficácia econômica deve falar mais alto.

Bem, essa é minha opinião.

Parabéns a Inbev e viva o capitalismo tupiniquim.

11 de julho de 2008

A justiça é justa. O estado brasileiro não.

Ontem a noite, quando lia o desenrolar do caso Daniel Dantas, vi no Terra Magazine uma notícia que muito me interessou. O jornalista Raphael Prado apresentava na reportagem "50% dos presos esperam decisão dada a Dantas" dados onde 211 mil presos, ou seja, 50% da população carcerária brasileira, esperam por um habeas corpus.

O texto, que está muito bem escrito, argumenta que Daniel Dantas conseguiu sua liberdade graças aos dispositivos existentes em nossa lei e que para que ele seja mantido preso, a argumentação do pedido de prisão provisória (ou mesmo a preventiva) deve ser muito bem embasado, de forma tal que este que não abra espaço, para que artifícios LEGAIS (REPITO: LEGAIS) sejam utilizados pelos advogados de defesa.

Ou seja, a justiça é realmente cega. O estado brasileiro não.

O que a reportagem nos mostra é que, diferente dos que muitos pensam, a lei se aplica para todos e se o Sr. Daniel Dantas está em liberdade, tal fato ocorre por méritos seus e de seus advogados, que souberam usar os dispositivos adequados da lei.

Por outro lado, se 211 mil presos estão a espera de uma decisão similar, não é por culpa do judiciário ou mesmo de nossas leis, mas sim culpa do nosso Estado (entenda Governo Federal) que não é capaz de prover em bom número e boa qualidade advogados (defensores públicos) para defenderem as parcelas menos favorecidas da nossa sociedade.

No Blog Viva Babel há um comentário de um leitor sobre esta mesma reportagem onde ele diz:

"Como se isso fosse novidade.Todos sabem que no Brasil, prisão é só para pobres, pois os abonados, a casta da sociedade, das quais pertencem os ministros do Supremo, jamais irão para a cadeia, por qualquer crime, por mais hediondo que possa ser. São tudo farinha do mesmo saco, uns protegendo os outros, uns com o dinheiro e os outros com o poder do canetaço. Um por todos e todos por um."

Tenho pena de pessoas que pensam assim.

Achar que tudo na vida é uma conspiração deve tornar tudo muito triste. Devemos por outro lado, entender que o Brasil não fornece (gratuitamente) bons advogados e esse sim é o nosso problema. Como tudo no Brasil não focamos o problema.

As leis são justas para todos. A defesa só é justa para aqueles que podem arcar com seus custos.

Bem, essa é minha opinião.

P.s: Claro que existem casos de corrupção, e é óbvio que por mais triste que isso possa parecer as pessoas com alta renda são vistas como de menor risco a sociedade.Mas por favor, não levemos essa discussão com base nas excessões. Em regra, a justiça é cega para classe social, raça e credo. Os ricos não têm culpa se podem pagar por uma defesa justa. Infelizmente, ainda não temos essa mesma defesa sendo oferecida a todos, mas em suma, nosso problema deve ser focado nos defensores públicos e não na justiça.

10 de julho de 2008

Lei Seca - Porquê sou contra a HIPOCRISIA em torna dela

Segundo o noticiado na imprensa nos últimos dias, a Lei Seca foi proposta para acabar de vez com um grave problema social brasileiro: o da condução sob os efeitos de álcool. Segundo, os "ditos" entendidos, a lei educaria os motoristas e acabaria (ou reduziria) os acidentes (e as mortes) do transito.

Após algumas semanas em vigor, ainda de acordo com os "ditos” entendidos, a lei já se mostra eficaz, pois o número de autuações aumentou e o número de acidentes se reduziu drasticamente (números mesmo eu ainda não vi).
Bem, isso tudo é ridículo.

Primeiro, porque os acidentes de transito acontecem em níveis alcoólicos superiores (MAIS MUITO SUPERIORES) aos 0,06% permitidos de acordo com a lei antiga, logo não existe ligação entre a lei em si e a redução de acidentes. Segundo, que a redução dos acidentes verificadas até o momento se deu graças a uma atuação enérgica (e mais do que desejável) das polícias militares e rodoviárias, em conjunto com os departamentos de trânsito estaduais.

O número de "blitz” e fiscalizações (principalmente com o uso do bafômetro) está "na marra" educando os motoristas. A noticia da aquisição de novos aparelhos e a certeza de atuação enérgica (da mesma forma como com o cinto de segurança a vários anos atrás) é o que está na prática reduzindo acidentes e mudando o comportamento do brasileiro.

A lei por si só é inócua, como toda ação sem fiscalização.

Incrivelmente, há pessoas que ainda não se dão por satisfeito com estes argumentos. Segundo estes, o brasileiro não sabe respeitar a lei, e logo, somente com muito rigor e tolerância zero, esse problema social, será resolvido.

Bem, isso para mim já é burrice.

Será que se a fiscalização e a repreensão fossem as mesmas que ocorrem agora, mas com a lei antiga, algum doido iria sair de casa para se embriagar e voltar conduzindo? A resposta para mim é obvia: não.

O que faz uma pessoa sair dirigindo alcoolizada (qualquer que seja o nível permitido por lei) é a certeza da impunidade, e não a lei em si (que como vimos em 0,06% não previne acidente algum). Logo, temos que ser críticos o bastante para saber que o Estado está sim atuando, e neste sentido temos que apoiar, mas que a lei e todo o circo em torno desta são apenas engodo.

Não suporto hipocrisia, e por isso sou contra a lei seca.

No fim das contas, os prejudicados serão pessoas que em nada colocavam em risco a vida de outras pessoas. Padres que não poderão beber o vinho nas celebrações ou pessoas, que sempre conscientes, se limitam aos dois copos de chopp no happy hour da empresa.

Bem, essa é minha opinião.

Sim, a fiscalização. Não, a hipocrisia.

9 de julho de 2008

CSS - Motivos porquê eu sou contra

Sempre tive uma revolta com relação a CPMF (futura CSS). Indiferente do governo que a defendia, nunca conseguiu entender o porquê de se haver uma contribuição especial para uma determinada área.

Segundo minha humilde concepção: o orçamento seria votado todos os anos e, a partir deste, os recursos seriam destinados as diferentes áreas e projetos do governo. Logo, se a saúde necessitasse de mais recursos, estes seriam direcionados via orçamento, sem a necessidade de criação de um tributo específico.

Bem, neste momento, surge o que talvez seja a maior mentira já contada no Brasil: não há recursos! E por isso, necessitamos da dita contribuição. Entretanto, na minha visão, o problema do Brasil de longe não é a falta de recursos mas sim nossa administração pública e o desperdício.

Sou totalmente a favor de mais (muito mais) verba para a saúde. Só que não acredito que isso deva sair de uma contribuição onde não haja geração de riqueza (ex. se eu transfiro um dinheiro para minha mãe).

Além disso, o Brasil, dentre todos os países emergentes, já é o com maior carga tributária (será que não há nada de errado nisso???). Há dinheiro sim, e os recordes de arrecadação em 2008 (sem a CPMF) provam isso.

O ministério da saúde deveria fazer como os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo entre outros, que estão procurando melhor sua gestão através da contratação de consultorias e adoção de modernas práticas de gestão.

Para citar apenas um exemplo de como se gasta mal no Brasil, o ministério do planejamento (somente um dos 38 ministérios do Lula) está com a consultoria do INDG. A meta inicial do projeto era de cortar 2 bilhões em custos e despesas. Após o inicio dos trabalhos, a meta foi elevada para R$ 10 bilhões, pois os consultores identificaram muitas oportunidades de atuação.

Ou seja, há muitos recursos indo pelo ralo que poderiam FACILMENTE ser direcionado para a saúde. Curiosamente, o valor economizado apenas neste projeto no Ministério do Planejamento é o mesmo previsto para arrecadação da CSS no ano de 2009 (quando estiver aprovada). Logo, me pergunto: por que não usar esses recursos? Ou ainda, porque o Lula não reduz a máquina pública (estou falando de custos e despesas, não de investimento) e não investe na saúde (via orçamento)?

A resposta é simples: é muito mais fácil aumentar a carga tributária e manter tudo como está, dando emprego para todos os cumpadres do PT, e criando um modelo de Coronelismo igual ao que ocorria no inicio do século 20, do que efetivamente demitir pessoas, implantar projetos, investir em educação, realizar as reformas (previdenciária, tributária, judiciária...) e fazer o Brasil um país rápido, moderno e eficiente.

Bem, essa é minha opinião.

O problema do Brasil não é dinheiro, e sim gestão!