18 de julho de 2008

Não acreditem em tudo na internet, nem mesmo em mim...

Hoje, contei 3 (três) casos de minha experiência que antes de passa-los para frente gostaria que pensassem bem se isso condiz com a realidade de vocês. Quando exemplifico um ponto em uma postagem o faço para ficar mais fácil o que estou tentando trasmitir.

Cuidado para não caírem no erro de acreditarem em tudo que lhes é dito (principalmente na internet). Tenho certeza que quando contei os três casos vocês se lembraram de experiências próprias que condizem com o que eu havia contado. Esse era meu objetivo.

Não tenho intenção de ser sensacionalista. O meu exemplo 2 é subjetivo a percepção da minha amiga, enquanto o 3 às más línguas da minha familia. De qualquer modo, tenho certeza que vocês têm seus próprios exemplos, e estes corroboram com minha visão.

O Brasileiro e o estado paternalista...

A cada dia me convenço mais que o brasileiro é por natureza um preguiçoso, que acredita que o Estado deve prover tudo: estudo, emprego, moradia, transporte... Convenhamos que não é bem assim!

É certo que o Estado deve prover educação, infra-estrutura, alguma ajuda assistencialista para os excluídos do sistema, mas daí a dar tudo de mão beijada é outra história. O individuo deve lutar e correr atrás de tudo que acredita. Sem luta não há como.

Outro dia estava lendo um Blog, infelizmente não me lembro onde, e um comentário dizia algo do tipo: "...se você quer fazer concurso público não vote no PSDB...". O argumento era que com as privatizações, terceirizações e redução da máquina pública o PSDB diminuiria as oportunidades e benefícios (como fez durante o governa FHC), e logo não seria tão interessante ser um funcionário público.

Ora, é justo que nós trabalhadores (bem, eu ainda não, mas vocês entenderam), paguemos para que os funcionários públicos, mesmo que concursado, gozem de benefícios e altos salários sem efetivamente merecer.

Três casos ilustram bem como as coisas funcinam em orgãos/empresas públicas:

1. Quando eu trabalhava no Banco do Brasil, logo após a última greve, tínhamos reuniões mensais para discussão de assuntos internos, motivação e metas de venda de produtos. Atualmente, um banco é uma instituição que vende milhares de produtos,tais como seguros, títulos de capitalização, consórcios etc...

Cada vez mais o lucro dos bancos é baseado nestes produtos, que oferecem margens superiores, e fidelizam o cliente. Numa dessas reuniões, meu gerente cobrava de todos as metas de venda, a dedicação no oferecimento dos produtos e a pró-atividade (palavra da moda) em tentar fazer algo de novo.

Uma funcionária do caixa levantou a mão e disse: "Sou funcionária do banco a 20 anos, sou caixa, e não vou vender produtos. O banco não quis nos dar o reajuste e não vou me esforçar".

Em outras palavras: esse problema não é meu, eu não tenho nada com isso e você não pode me mandar embora. Esse tipo de visão só ocorre em ambientes onde não há competição, onde ser o mais fraco ou mais forte é algo tão relativo que não faz diferença as ações de cada um. Isso leva ao comodismo de saber que não será demitido e que não precisa PRODUZIR.

Quem perde com uma funcionária dessas somos todos nós: clientes, brasileiros, empresas e não apenas o Estado e os acionistas do banco. O Banco do Brasil é hoje um exemplo de inéficacia econômica, das mesma maneira que a Petrobras, e como um dia a Vale do Rio Doce foi.

O crescimento de um banco (quanto mais) é bom para todos, pois aumenta o crédito, o número de empregos, a quantidade de impostos, e o investimento em geral. Logo, a forma como um banco como o BB é administrado e os resultados que este produz são perdas inestimáveis para o Brasil.

2. Tá bom, você não gostou do exemplo acima, vamos ver se esse você acha que é melhor. Uma amiga minha realiza auditoria na Copasa (estatal mineira de abastecimento de água). Todos os dias das 13 hrs-15 hrs ela não podia ir a parte de informática da empresa, pois simplesmente os funcionários do departamento colocavam colchões no chão e tiravam uma siesta. Não, não era o horário de almoço deles! Eles estavam dormindo durante o horário de trabalho mesmo. E agora, já melhorou? Você acha justo pagar uma conta de água que em seu custo embute as horas que estes funcionários estão dormindo?

3. Ainda não está bom? Tenho uma prima minha que é oficial de justiça. Na família dizem as más línguas que ela recebe algo líquido em torno de 7 mil reais (sim, você leu certo). Bem, o salário base não passa de R$ 5 mil brutos, mas com as gratificações e bônus o contra-cheque dá uma engordada boa. Você deve estar pensando que além de muito qualificada, ela deve trabalhar muito, não? Bem, a primeira parte até é verdade. Durante anos ela estudou muito e batalhou muito para estar onde está. Mas, trabalhar muito? Bem, ela trabalha em média dois dias por semana. Será que isso é justo? Quem paga o salário dela somo nós contribuintes. Acho mais que justo que ela seja bem paga, mas ela também deve trabalhar para merecer. No fim das contas o governo vai querer aumentar impostos para pagar o salário dela e de seus pares,enquanto um pequeno ajuste na alocação deles já bastaria para reduzir drasticamente o número de funcionários.

No fim das contas cria-se um sentimento no Brasil que o Estado deve prover tudo. As minhas experiências particulares mostram que sem competição e dinamicidade nos negócios não há crescimento (o exemplo da antiga URSS é clássico). Estudantes, funcionários e empresas devem sempre competir (claro, dentro de preceitos éticos e legais), pois somente assim há desenvolvimento.

Ambientes regulados não motivam competição entre as empresa, logo gera ineficácia. Escolas que não reprovam não motivam o estudo, logo geram alunos despreparados e sem o conhecimento mínimo. Empresas que não demitem geram funcionários descomprometidos e preguiçosos. E assim sucessivamente.

A nossa mentalidade precisa mudar. Vamos trabalhar!

Somente com muito trabalho esse país cresce.

Não vamos esperar que tudo caía do céu. Vamos criar o nosso caminho.

Bem, essa é minha opinião.

17 de julho de 2008

O Ensino no Brasil

Há muito tempo me assombro com a má qualidade do ensino no Brasil, em particular com o superior. Mesmo estudando em uma universidade federal, que em tese, tem os melhores professores e alunos, me assusto quando vejo alguns colegas que passam pela faculdade como se nada tivessem aprendido.

Outro dia, um amigo meu contador, me disse que uma colega sua (formada!) montou um balanço onde as contas de PDD e Depreciação Acumulada apareciam no passivo, e não como redutoras do ativo. Fiquei pasmo, pois mesmo sendo um administrador, e tendo apenas uma matéria relacionada a área, eu sabia que estava errado.

Esta semana estou participando de um processo seletivo em São Paulo. Apesar de ver pessoas de boa qualidade, me assusto com o despreparo de alguns. Advogados formados a mais de um ano sem OAB, contadores (esta eu vi) creditando contas de despesa (ao invés de debitar) e um número grande de candidatos sem uma segunda língua (muitas vezes nem o básico).

Lamentável!

Bem, se pelo que vi já está ruin imagino como não está o resto.

Sem bons contadores, administradores, engenheiros, advogados... não há como um país crescer! Precisamos de um choque de educação, começando no ensino básico, passando pelo fundamental e médio e terminando no nossos cursos superiores.

O momento de ampliar as vagas já se passou! A hora agora é cobrar qualidade!

Qualquer dia desses conto uns "casos" de como as coisas rolam na UFMG. O termo "picareta" virou adjetivo de MUITOS (talvez maioria) do professores da FACE e da esmagadora maioria dos alunos, que em grande parte se preocupam apenas com o diploma e esquecem o aprendizado.

Bem, essa é minha opinião.

Vamos acordar enquanto dá tempo!

16 de julho de 2008

Boatos da Lei Seca!

Um boato que se preze é sempre contado por alguém de confiança, e que claro, ocupa um lugar de destaque em alguma organização ou orgão público e por isso tem acesso fácil aquele tipo de informação bombástica e, que por sinal, ainda não saiu (e provavelmente nem vai) na mídia.

No fim das contas, vira um tal de disse me disse, que ninguém mais sabe onde começou. A única coisa que se sabe é que quem contou foi de confiança e quem contou para esta pessoa também era.

Hoje, um tio meu, que é de muita confiança minha, para se ter uma idéia ele é padre, ou seja, é um homem santo, me contou que um paroquiano muito amigo seu lhe contou (veja como as coisas vão se enrolando) que a Lei Seca somente foi aprovada pois a Ambev teria se recusada a pagar 1 bilhão em proprina ao PT.

O boato e tão enrolado que meu tio já não se lembrava ao certo se a proprina seria de 1 bilhão ou apenas 1 milhão. No fim das contas, o importante era que a Ambev teria se negado a pagar e em retaliação o governo editou e aprovou (em tempo recorde) a dita lei.

Putz, bem que eu queria que isso fosse verdade. Seria mais um podre pra conta do PT. Mas convenhamos, uma pessoa com o mínimo de bom senso não levaria um boato como estes a sério. Tudo não passa de fofoca da grossa.

Bem, como sempre eu digo aqui: não vamos viver uma vida de ficção. Um caso como estes, com certeza, vazaria para imprensa, de alguma maneira, e muito provavelmente os executivos da Ambev (que de longe são bobos) gravariam ou teriam provas de tal suborno.

Vamos ligar o desconfiômetro!!

Bem, essa é minha opinião.

15 de julho de 2008

As bobeiras da Internet...

Todos os dias, antes de escrever alguma bobeira neste blog, me pergunto se tenho conhecimento e se li o bastante a respeito daquilo que vou dizer. Na pior das hipóteses sinto que ao menos sei o bastante para concordar ou discordar e logo escrevo minha opinião.

Recebi um email poucos minutos atrás que dizia: Manipulação na emprensa mineira e dava um link para um vídeo no Youtube com o nome Gagged in Brazil - Censura na Imprensa . O dito vídeo critica o Aécio Neves e uma certa postura tendenciosa da mídia mineira e nacional, e apresenta, segundo sua ótica, alguns dados para demonstrar tal "manipulação".

O argumento básico diz que a mídia (neste caso, Rede Globo e Estado de Minas) são manipulados através das verbas publicitárias. A relação seria simples (se não simples de mais): o governo mineiro gasta em publicidade nestas empresas, enquanto estas amenizam eventuais críticas que possam surgir e ainda noticiam os feitos do governo mineiro.

Por que eu não acredito neste vídeo?

1. O vídeo tem falhas grotesca em sua tradução Português- Inglês, e visto a qualidade técnica de tal documentário, posso dizer que ou isto foi feito de muita má fé ou eles realmente desconhecem vários conceitos chaves da economia. Aos 5minutos e 14 segundos há uma reportagem do Jornal Nacional onde é anunciado o déficit zero do estado. Neste momento a legenda deveria em tese traduzir aquilo que estava sendo dito pela Fátima Bernardes.

Primeiro erro: traduzem déficit zero como sendo como se todas as dívidas do estado tivessem sido pagas: "repaid all its debts". ERRADO! O conceito de déficit zero significa que o estado arrecada mais do que gasta e não que não há dividas. As dívidas anteriores a gestão do Aécio continuam existir. Além disso, ele também pega empréstimos para investimentos, entretanto, estes são contabilizados como investimentos e não despesas.

Segundo erro: quando a Fátima Bernardes explica o que déficit zero significa:"arrecadação maiores que a despesa", o vídeo decide por não traduzir esta parte, de maneira que o leitor seja levado a acreditar que Minas Gerais efetivamente não tem mais dívidas (como previamente traduzido).

Com que fim isto é feito eu ainda não entendi.

2. O vídeo é feito de maneira a levar o telespectador brasileiro a acreditar que se trata de um documentário feito no exterior, que seria em tese livre das influências pró e contra governo. Tal fato pode ser evidenciado ao início deste quando várias fontes internacionais são mencionadas e pela própria formatação do mesmo.

3. Os repórteres que em tese confirmam tais vínculos nebulosos da imprensa são funcionários demitidos pela Globo (ou pessoas com voz e rosto omitidos). Por que a Ana Paula Padrão, que decidiu sair de lá por livre e espontânea vontade, nunca fez afirmações deste tipo? Essas pessoas carecem de certa isenção uma vez que foram "chutadas" da Globo.

4. Onde está o outro lado da moeda? Se eles são jornalistas realmente por que a opinião contrária não tem espaço? Eles fazem o que eles mesmo criticam, ou seja, mostram apenas um lado da moeda.

5. Os gastos de publicidade do Governo Lula também aumentaram. E aí? A Globo está sendo manipulada pelo PT então? Ahahahahaha... Esta teoria é tão boa como a apresentada no documentário, mas difícil de acreditar. Conveniente, não?

Eu não vivo de teorias conspiratórias, mas sim de fatos.

É impossível calar a imprensa no Brasil.

Bem, essa é minha opinião.

14 de julho de 2008

A vitória do capitalismo brasileiro!

A notícia que a Inbev comprou a Budweiser foi um balde de água fria nos ânimos nacionalistas de muitos americanos. Mais do que isso, o que mais me deixou feliz foi ver que "quem com ferro ferra, com ferro será ferido".

As empresas americanas sempre foram notórias por sua sede expansionista, aquisições hostis e atuação global. Entretanto, depois de que fundos soberanos e investidores do oriente médio, devido a crise do sub-prime, comeram boa parte dos combalidos banco americanos, agora foi a vez do Brasil tirar sua lasca e mostrar aos yankees com quantos paus se faz uma canoa.

Vale lembrar, que quem começou tal processo foi a Friboi que já há algum tempo vem comprando fazendas e frigoríficos por aquelas bandas. Entretanto, o golpe da Inbev foi magistral, pois acertou o centro simbólico ego do americano: sua tão querida cerveja "Bud".

Os americanos estão feridos, mas essas são as regras do jogo.

Para Lula e a turma do anti-capitalistas a Inbev demonstrou que é possível sim o Brasil competir de igual para igual no mercado mundial, sem a necessidade de proteção governamental, apenas com muita competência e trabalho duro. Mais do que isso, mostrou que da mesma maneira que eles vem atuar aqui em nossos mercados nós podemos atuar nos deles.

Além disso, nos mostra que o mais forte sempre vencerá no livre mercado. Proteger mercados é uma falácia que apenas atrasa o crescimento econômico. Nacionalistas sempre existirão mas o bom senso da eficácia econômica deve falar mais alto.

Bem, essa é minha opinião.

Parabéns a Inbev e viva o capitalismo tupiniquim.